“Sou um caso bem-sucedido de pessoa que volta a desenvolver uma atividade esportiva depois de um tratamento conservador para ruptura do LCA”, conta Fabiano Costa, que rompeu o ligamento jogando futebol e, quatro meses depois, graças a um tratamento conservador, voltou a jogar.

Quando o diagnóstico é de ruptura de ligamento cruzado anterior (LCA), é natural que se pense: é caso de cirurgia. Porém nem sempre o tratamento desse tipo de lesão no LCA deve ser cirúrgico.

Fabiano faz fortalecimento muscular para superar a ruptura do LCA.

“É importante fazer uma boa anamnese e um bom exame físico antes de se decidir pela cirurgia mesmo num caso de ruptura do LCA. O caso do Fabiano Costa ilustra isso”, explica Dr. Paulo Araujo.

“Há casos de ruptura do LCA em que o paciente consegue preservar a estabilidade do joelho em segurança. Estamos falando de 5% a 6% dos casos. Por isso, é importante fazer uma boa anamnese e um bom exame físico antes de se decidir pela cirurgia. O caso do Fabiano Costa ilustra isso”, explica Dr. Paulo Araujo.

Fabiano sofreu uma ruptura completa do LCA e conseguiu voltar a jogar bola sem fazer cirurgia. “Sou um caso bem-sucedido de pessoa que volta a desenvolver uma atividade esportiva depois de um tratamento conservador para ruptura do LCA. Machuquei jogando bola. Senti o joelho e, na hora, soube que era algo sério. Cheguei a ir ao trabalho no dia seguinte, mas, por causa da dor, decidi procurar um médico.”

 

Tratamento conservador para ruptura do LCA

"Recomendei que fizesse fisioterapia, ele fez e depois indicamos uma avaliação funcional em que se constatou que a função do joelho estava preservada”, esclarece Dr. Paulo.

“Recomendei que fizesse fisioterapia, ele fez e depois indicamos uma avaliação funcional em que se constatou que a função do joelho estava preservada”, esclarece Dr. Paulo.

Depois da ressonância e do laudo de ruptura total do LCA, os primeiros médicos, com os quais passou Fabiano, recomendaram cirurgia. “Passei por cinco ou seis médicos e a maioria dizia que era um caso cirúrgico, mas Dr. Paulo disse que não necessariamente. Depois de me examinar, ele me indicou fisioterapia para fortalecer a musculatura e disse que, se em algum momento eu sentisse falseio no joelho ou instabilidade, seria melhor operar.”

“Fiz o exame físico e constatei que ele não tinha frouxidão ligamentar e também não se queixava de nenhuma impossibilidade no dia a dia, embora não estivesse jogando futebol. Recomendei que fizesse fisioterapia, ele fez e depois indicamos uma avaliação funcional em que se constatou que a função do joelho estava preservada”, esclarece Dr. Paulo.

Fabiano conta que o Dr. Paulo lhe disse que não se sentia seguro para fazer a cirurgia antes do fortalecimento e dos testes funcionais. “Ao ouvir aquilo, respirei fundo e falei: ‘Que maravilha! Eu nunca fiz cirurgia, nunca fiz nada parecido.’” Vale acrescentar que Fabiano tinha um outro problema associado à lesão de LCA: uma inflamação no tendão patelar. Dr. Paulo também diagnosticou o problema e indicou fisioterapia.

Equilibrando as forças

O fisioterapeuta Vinícius Bispo, que cuidou de Fabiano, além do fortalecimento, realizou os testes e verificou que a função do joelho do paciente estava preservada, não havia instabilidade, embora a perna lesionada apresentasse 40% menos força que a outra. “O trabalho que fizemos corrigiu a diferença de força entre as pernas, que caiu para um percentual aceitável, de 4%, o que o habilitou a retornar à prática de esportes”, diz Bispo.

“O trabalho que fizemos serviu para corrigir a diferença de força entre as pernas e ele retornou à prática de esportes”, explica o fisioterapeuta Vinícius Bispo.

O fisioterapeuta Vinícius Bispo, que cuidou de Fabiano, além do fortalecimento, realizou os testes e verificou que a função do joelho do paciente estava preservada, não havia instabilidade, embora a perna lesionada apresentasse 40% menos força que a outra. “O trabalho que fizemos corrigiu a diferença de força entre as pernas, que caiu para um percentual aceitável, de 4%, o que o habilitou a retornar à prática de esportes”, diz Bispo.

Foram quatro meses de tratamento até a liberação de Fabiano para o retorno ao futebol. “Os principais grupos musculares foram fortalecidos e os testes de reflexos e outros trouxeram ótimos resultados e nós o liberamos para voltar a jogar bola, o que se deu sem problemas”, diz Dr. Paulo.

Para Bispo, o caso de Fabiano ilustra a importância de analisar com cautela e atenção a especificidade de cada paciente. “Não só voltei a jogar bola, também procuro fazer academia e correr ou caminhar aos fins de semana”, completa Fabiano.